EDUCAÇÃO NA CULTURA
DIGITAL
PLAC 3 – PLANO DE
AÇÃO COLETIVO
TUTORA: EDIONETE INÊS
STEDILE
CURSISTAS : SAMANDA
GOMES FROZZA E JESIE DA ROSA
PLANO DE AÇÃO COLETIVO
Após
o início das aulas de alguns docentes da Escola Estadual de Educação Básica
Gonçalves Dias no curso de Educação na Cultura Digital, foram desenvolvidos
diversos projetos e atividades na escola com o auxilio das tecnologias, os
quais constam no desenvolvimento dos PLACs 1 e 2, bem como nos Núcleos de Base
e Núcleo Específico.
Essas
atividades e projetos chamavam a atenção da comunidade escolar em geral, de uma
vez que eram envolvidos diversos alunos e professores em trabalhos
interdisciplinares como por exemplo a tecnologia envolvida no projeto da Música
Sustentável que foi para as ruas no desfile cívico do dia 7 de Setembro, a
Fotografia Estroboscópica no Ensino de Cinemática Escalar que envolvia os
ensinamentos dos PLACs e dos NBs, entre tantos outros que foram aplicados até
mesmo individualmente dentro das nossas salas de aula.
Esses
projetos de certa forma, a servir de alavanca para o desdobramento da
utilização das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação – TDICs dentro
da escola em todos os setores, até mesmo individualmente os professores
passaram a fazer o uso das tecnologias nas salas de aula com mais freqüência,
sendo como ferramenta de ensino ou como suporte técnico de uma vez que
utilizamos o diário on line oferecido pela Secretaria Estadual de Educação.
Atualmente, os professores
de nossa instituição de ensino tem a ciência do quanto a tecnologia utilizada
com responsabilidade a partir de determinados objetivos pode colaborar no
processo de ensino aprendizagem.
Nosso Plano de Ação vai se
desenvolvendo dia a dia principalmente dentro do planejamento dos professores quando
descrevem as suas aulas, elaboram suas atividades e organizam seu material.
O NTE já esteve em nossa
escola capacitando um grande grupo de professores no curso Introdução a
Educação Digital também realizado pela plataforma e proinfo e deve voltar para
nova capacitação. Para acompanhar a revolução tecnológica nas escolas é necessária
a revolução na capacitação docente. Cadernos, apostilas, livros, agendas e
planilhas de papel são substituídas por arquivos no computador, o Professor On
Line, facilita o fechamento de notas, o controle de presenças, a emissão do
histórico dos alunos entre outras utilidades. Provas são ricamente elaboradas
com o uso de softwares, internet e editores de texto.
A presença de alguns
recursos tecnológicos deixa de ser imprescindível apenas no espaço
administrativo e ocupa seu lugar onde será mais útil e mais ricamente
aproveitada: a sala de aula, como forma de apresentação de conteúdos, slides,
vídeos, textos, figuras, softwares que auxiliam a aprendizagem de acordo com
cada disciplina e jogos educativos, a sala informatizada é utilizada de acordo
com a disponibilidade e dentro das suas limitações.
Atualmente, a internet traz
a possibilidade de nas aulas de Biologia navegar pelo corpo humano e nas de
Geografia visualizar a Terra do espaço sem sair do lugar, portanto o plano de
ação se concretizará na medida em que os professores fizerem o uso das TIDCs de
acordo com seus planejamentos, os quais constam aula por aula no Professor On
Line nas suas respectivas turmas e disciplinas. O grande objetivo é fazer o uso
das tecnologias a favor do ensino, de uma vez que aulas modernizadas pelo uso
de recursos tecnológicos têm vida longa e podem ser adaptadas para vários tipos
de alunos, para diferentes faixas etárias e diversos níveis de aprendizado. Espera-se
que o trabalho tenha um retorno muito mais eficaz.
O NTE mostrou ao corpo
docente que existe uma infinidade de programas disponíveis para montagem de
exibições de slides, de atividades interativas e jogos, portanto, fica
perceptível que utilizar o computador em sala de aula é o menor dos desafios
para o professor, mas utilizar o computador de forma a tornar a aula mais
envolvente, interativa, criativa e inteligente é o que realmente preocupa.
O simples fato de transferir
a tarefa do quadro para o computador não muda uma aula, é fundamental que a
metodologia utilizada seja pensada em conjunto com os recursos tecnológicos que
a modernidade oferece, a lousa interativa, o computador entre outros recursos, perdem
a validade se não se mantiver o objetivo principal: a aprendizagem.
No presente plano de ação, os recursos tecnológicos
também são tratados como sendo extensões do professor, facilitando o
aprendizado e transformando o conteúdo em objeto de curiosidade e interesse. O
essencial é que as aulas obedeçam a uma seqüência de idéias e que deixe o aluno
orientado em relação ao que está aprendendo.
Algumas atividades foram elencadas em meio a uma
conversa informal com os docentes: Em língua portuguesa, por exemplo, podem ser
trabalhados textos utilizando apenas o computador e o programa editor de
textos, é possível incluir comentários nos textos dos alunos sem alterá-los e
depois pedir que revisem. Outra atividade interessante é pedir aos alunos que
pesquisem na internet um texto narrativo e solicitar que mudem o gênero textual
para poesia ou teatro (Magalhães e Amorim, 2008). Podem ser realizadas
produções de textos baseadas em histórias em quadrinhos disponíveis na rede , sites
de notícias podem ser visitados para analisar, por exemplo, como determinado
país divulgou um acontecimento de âmbito mundial.
Dando seqüência aos trabalhos, pode-se estudar o
texto jornalístico, e os próprios alunos montarem um jornal da escola
utilizando programas no computador. Gráficos e tabelas no Excell podem ser
elaborados com o auxílio do professor de Matemática; artigos sobre o meio
ambiente e algumas questões que envolvam a comunidade local podem ser criados
com o apoio dos professores de Biologia, Física e Geografia. O mesmo jornal
pode ser trabalhado no formato de telejornal, e os alunos poderão fazer
gravações com câmeras digitais. As videoconferências, realizadas através de
programas como o Skype, por exemplo, são particularmente úteis para o professor
de língua estrangeira, que poderá acordar com professores de outros países que
ensinam a língua em questão, em séries equivalentes, para que os alunos possam
conversar on-line.
Outro quesito que pode ser utilizado a nosso favor
também são os sites de relacionamento e os blogs. Com atividades dirigidas e
objetivos claramente estabelecidos, é possível levar para a escola
oportunidades reais de aprendizagem através dos mesmos. Não podemos esquecer os
sites de atividades interativas, especialmente os jogos on-line. Atividades
como bingo, anagramas, caça-palavras, palavras cruzadas e forca são alguns
exemplos de exercícios interativos.
A internet tem papel fundamental no ensino, em
História por exemplo, vídeos no Youtube, músicas e vários outros recursos são
mais alguns exemplos de que não é necessário viajar para o exterior para ter
contato com outras culturas e outras línguas.
As professoras Vivian Magalhães e Vanessa Amorim
(2003) em seu livro C livro Cem aulas sem tédio, defendem a ideia de que
precisamos encarar nossos medos e utilizar os recursos tecnológicos como apoio
para nossas aulas. Enfatizam ainda que os professores jamais serão substituídos
pela tecnologia, mas aqueles que não souberem tirar proveito dela correm o
risco de ser substituídos por outros que sabem. O uso da internet em sala de
aula fornece subsídios para um ensino mais centrado no aluno e em suas
iniciativas (Leventhal, Zajdenwerg e Silvério, 2007).
Vemos ainda que além de abrir perspectivas durante
as aulas,a tecnologia revela-se como uma útil ferramenta na área de pesquisa
para projetos, desenvolvimento de leitores e acesso à informação.
Segundo a teoria
de Vygotsky (1984) , o professor
torna-se mediador do conhecimento, de uma vez que diante das tecnologias auxilia
o aluno a alcançar seu potencial máximo, aproveitando todos os benefícios
educativos que os recursos tecnológicos podem oferecer.
Recursos como filmes, por exemplo, são grandes
aliados da ação pedagógica, de uma vez que está diretamente ligado ao conceito
de lazer. Desse modo, o professor traz para a sala de aula um elemento da
realidade do aluno, fugindo da linguagem tradicional da escola, que é
normalmente o padrão escrito.
Independentemente do recurso tecnológico em
questão, o professor é o sujeito capaz de mediar o aprendizado e torná-lo mais
atrativo, divertido e interessante para os alunos. Os recursos tecnológicos,
bem mais do que aguçar a curiosidade do aluno em relação ao que está sendo
ensinado, ajudam a prepará-lo para um mundo em que se espera que ele conheça,
além dos conteúdos escolares, todos os recursos por meio dos quais esses
conteúdos foram trabalhados.
O corpo administrativo da escola, bem como os gestores,
continuarão a fazer o uso das tecnologias em seus respectivos dias de trabalho
conforme o fazem, nos conselhos de classe, são exibidos as fotos dos alunos via
Projetor Multimídia para que possamos identificá-los melhor, o conselho de
classe só é realizado depois que todos os professores estejam conectados aos
seus notebooks de maneira a acompanhar
as avaliações dos alunos individualmente. Toda as informações referente
a vida escolar dos alunos constam num sistema integrado utilizado pela
secretaria, fazemos o uso de um grupo no watssapp para melhor comunicação, as reuniões pedagógicas são seguidas por
pautas digitais, todos exploram o uso das tecnologias ao máximo para a
realização de suas tarefas gestoras administrativas.
São muitos os benefícios trazidos pelos recursos
tecnológicos à educação. Contudo, é preciso que o professor alie as ferramentas
que tem à disposição a sua metodologia de ensino se quiser que o aprendizado
aconteça de fato. O uso das tecnologias na escola está além de disponibilizar
tais recursos. Diante deste plano de ação, ele implica aliar método e
metodologia na busca de um ensino mais interativo.
Referências
MORAN, J.M. Liguem a TV: vamos estudar! Revista
Nova Escola, São Paulo, n. 189, fev. 2006.
MAGALHÃES, V.; AMORIM, V. Cem aulas sem tédio.
Porto Alegre: Instituto Padre Reus, 2003.
LEVENTHAL, L.; ZAJDENWERG, R.; SILVÉRIO, T. Inglês
é 11. Barueri, SP: Disal, 2007.
VYGOTSKY, L.S. Formação social da mente. São Paulo:
Martins Fonte, 1984.
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