CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO
EDUCAÇÃO NA CULTURA DIGITAL
CURSISTAS: SAMANDA GOMES
FROZZA E JESIÉ DA ROSA
PLAC 3
Atividade 1 – Ação 3
AVANÇOS
E DESAFIOS DIANTE DA EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO
Após algumas semanas
trabalhando no desenvolvimento e aplicação do projeto “Fotografia
Estroboscópica Digital No Ensino De Cinemática Escalar”, desde o primeiro passo
temos “colhido bons frutos” com os alunos participantes e comunidade escolar
envolvida em geral. Os dois alunos que nos auxiliaram na prática do projeto
foram muito ativos e estiveram muito empolgados com as tarefas; em se tratando
de toda a turma, os alunos do segundo ano do ensino médio inovador foram
participativos e mostraram-se interessados ao passo da aplicação do
planejamento. A primeira fase em que faziam os arremessos, os quiques, os
passes e as medições na quadra de basquete foi bem divertida, porém trabalhosa,
todos os alunos procuraram realizar a cesta no lance livre onde a sequência de
fotos foi tirada, de modo que posteriormente fosse possível através da foto
estroboscópica analisar a trajetória parabólica da bola.
A segunda fase que englobou o trabalho
na sala informatizada teve alguns contratempos, podemos constatar que foi
desafiante trabalhar com uma turma de 22 alunos em uma sala informatizada com
um número inferior de máquinas (18), as atividades foram realizadas de forma
que cada aluno por meio do software fizesse a montagem da sua foto. Para que
fosse possível dar andamento aos trabalhos, alguns trouxeram seus computadores
pessoais para auxiliar no andamento das atividades. Porém, o que também se constatou
é que os computadores fornecidos no laboratório de informática são desatualizados
com tecnologia obsoleta, dessa forma, encontramos dificuldades com a manipulação
das imagens que exigem o desempenho das máquinas. Os computadores possuem 512
mbytes de Memória Ram, quando deveriam ter no mínimo 2 Gbytes, os processadores
funcionam a uma frequência de 1,5Ghz quando deveriam no mínimo funcionar a uma
frequência de 2Ghz.
Esse passo foi um desafio, mas conseguimos
superá-lo com a cooperação dos alunos, quando realizaram as atividades em dupla
ajudando um ao outro para que fosse possível fazer o uso do mesmo computador ou
quando ainda trouxeram seus próprios notebooks. Para que as fotos passassem por
todo o processo até tornar-se uma imagem estroboscópica desde a hospedagem do
programa ImageJ, da separação de fotos por aluno até o salvamento do arquivo
final com a foto transformada levamos mais tempo do que havíamos programado
devido as limitações, porém, avançamos significativamente quando aliamos a
tecnologia à Matemática e a Física.
Com base nas fotos
estroboscópicas e também através das medições da quadra realizadas
anteriormente, os alunos participaram ativamente da construção dos conceitos e
foi possível ensinar cinemática escalar de uma forma dinâmica e divertida. Calculamos
a angulação de arremesso da bola fazendo a previsão se iria acertar a cesta ou
não, bem como, o instante em que a bola atingiu a altura máxima e a velocidade inicial
da bola. Algumas dúvidas surgiram no decorrer dos trabalhos, foram solucionadas
de modo a indagar o próprio aluno para que fizesse comparações, co relações com
as fotos estroboscópicas e chegassem aos resultados.
A última etapa que
correspondeu ao repasse do projeto para as demais turmas da escola foi bem
prazerosa, o tema conduzido nesta forma de trabalho chamou a atenção de todos e
os demais professores puderam explorar aspectos do nosso planejamento em suas
aulas também. Deste modo, o uso de
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs), tornou-se uma
alternativa complementar para as aulas de Física de uma vez que a maioria das
escolas dispõe de alguns computadores equipados com Internet, mas poucas
possuem condições de manter um laboratório de ensino de Física.
A partir da nossa
intervenção na escola unindo Informática e Física, com base nos estudos dos
núcleos específicos, acreditamos que a integração das TDIC às práticas
pedagógicas pode sem dúvidas aperfeiçoar o ensino dentro das nossas salas de
aula. Vale ressaltar também a ênfase
dada pelos parâmetros curriculares nacionais que estimulam o uso das tecnologias
no desenvolvimento do conhecimento da Física.
As atividades propostas
visaram motivar os alunos a envolverem-se com informática e a fazerem uso dos
recursos da mesma para o seu aprendizado, tornando significativo seu
conhecimento tanto na informática quanto na Física, principalmente no que se
refere a web como uma alternativa a mais para o aprendizado e não apenas como
entretenimento, desta forma o computador surge como uma ferramenta cognitiva
para a aprendizagem da Física.
Pretendemos continuar
aplicando este projeto nos anos seguintes, bem como outros que proporcionem a
aquisição do conhecimento unindo a tecnologia as práticas cotidianas.
Consideramos o fato de que a avaliação de um projeto como este não deve ser
medida tão somente pelos ganhos de aprendizagem a curto prazo, mas também, pelo
estímulo que causa uma experiência como esta, que pode apresentar conseqüências
futuras marcantes ao dar uma nova visão da Física para os alunos.
Projetos desse nível faz com que nossos alunos enxerguem a Física com outros olhos, que muito além do cálculo é possível quanto professor unir tecnologia e ensino dentro dos nossos planos de ação modificando a realidade do ensino aprendizagem.
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