sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Fotografia Estroboscópica Digital No Ensino De Cinemática Escalar

CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EDUCAÇÃO NA CULTURA DIGITAL
CURSISTAS: SAMANDA GOMES FROZZA E JESIÉ DA ROSA
PLAC 3
Atividade 1 – Ação 3
                   
                     
AVANÇOS E DESAFIOS DIANTE DA EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO

Após algumas semanas trabalhando no desenvolvimento e aplicação do projeto “Fotografia Estroboscópica Digital No Ensino De Cinemática Escalar”, desde o primeiro passo temos “colhido bons frutos” com os alunos participantes e comunidade escolar envolvida em geral. Os dois alunos que nos auxiliaram na prática do projeto foram muito ativos e estiveram muito empolgados com as tarefas; em se tratando de toda a turma, os alunos do segundo ano do ensino médio inovador foram participativos e mostraram-se interessados ao passo da aplicação do planejamento. A primeira fase em que faziam os arremessos, os quiques, os passes e as medições na quadra de basquete foi bem divertida, porém trabalhosa, todos os alunos procuraram realizar a cesta no lance livre onde a sequência de fotos foi tirada, de modo que posteriormente fosse possível através da foto estroboscópica analisar a trajetória parabólica da bola.
            A segunda fase que englobou o trabalho na sala informatizada teve alguns contratempos, podemos constatar que foi desafiante trabalhar com uma turma de 22 alunos em uma sala informatizada com um número inferior de máquinas (18), as atividades foram realizadas de forma que cada aluno por meio do software fizesse a montagem da sua foto. Para que fosse possível dar andamento aos trabalhos, alguns trouxeram seus computadores pessoais para auxiliar no andamento das atividades. Porém, o que também se constatou é que os computadores fornecidos no laboratório de informática são desatualizados com tecnologia obsoleta, dessa forma, encontramos dificuldades com a manipulação das imagens que exigem o desempenho das máquinas. Os computadores possuem 512 mbytes de Memória Ram, quando deveriam ter no mínimo 2 Gbytes, os processadores funcionam a uma frequência de 1,5Ghz quando deveriam no mínimo funcionar a uma frequência de 2Ghz.
 Esse passo foi um desafio, mas conseguimos superá-lo com a cooperação dos alunos, quando realizaram as atividades em dupla ajudando um ao outro para que fosse possível fazer o uso do mesmo computador ou quando ainda trouxeram seus próprios notebooks. Para que as fotos passassem por todo o processo até tornar-se uma imagem estroboscópica desde a hospedagem do programa ImageJ, da separação de fotos por aluno até o salvamento do arquivo final com a foto transformada levamos mais tempo do que havíamos programado devido as limitações, porém, avançamos significativamente quando aliamos a tecnologia à Matemática e a Física.
Com base nas fotos estroboscópicas e também através das medições da quadra realizadas anteriormente, os alunos participaram ativamente da construção dos conceitos e foi possível ensinar cinemática escalar de uma forma dinâmica e divertida. Calculamos a angulação de arremesso da bola fazendo a previsão se iria acertar a cesta ou não, bem como, o instante em que a bola atingiu a altura máxima e a velocidade inicial da bola. Algumas dúvidas surgiram no decorrer dos trabalhos, foram solucionadas de modo a indagar o próprio aluno para que fizesse comparações, co relações com as fotos estroboscópicas e chegassem aos resultados.
A última etapa que correspondeu ao repasse do projeto para as demais turmas da escola foi bem prazerosa, o tema conduzido nesta forma de trabalho chamou a atenção de todos e os demais professores puderam explorar aspectos do nosso planejamento em suas aulas também.  Deste modo, o uso de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs), tornou-se uma alternativa complementar para as aulas de Física de uma vez que a maioria das escolas dispõe de alguns computadores equipados com Internet, mas poucas possuem condições de manter um laboratório de ensino de Física.
A partir da nossa intervenção na escola unindo Informática e Física, com base nos estudos dos núcleos específicos, acreditamos que a integração das TDIC às práticas pedagógicas pode sem dúvidas aperfeiçoar o ensino dentro das nossas salas de aula.  Vale ressaltar também a ênfase dada pelos parâmetros curriculares nacionais que estimulam o uso das tecnologias no desenvolvimento do conhecimento da Física.
As atividades propostas visaram motivar os alunos a envolverem-se com informática e a fazerem uso dos recursos da mesma para o seu aprendizado, tornando significativo seu conhecimento tanto na informática quanto na Física, principalmente no que se refere a web como uma alternativa a mais para o aprendizado e não apenas como entretenimento, desta forma o computador surge como uma ferramenta cognitiva para a aprendizagem da Física.

Pretendemos continuar aplicando este projeto nos anos seguintes, bem como outros que proporcionem a aquisição do conhecimento unindo a tecnologia as práticas cotidianas. Consideramos o fato de que a avaliação de um projeto como este não deve ser medida tão somente pelos ganhos de aprendizagem a curto prazo, mas também, pelo estímulo que causa uma experiência como esta, que pode apresentar conseqüências futuras marcantes ao dar uma nova visão da Física para os alunos.







Um comentário:

  1. Projetos desse nível faz com que nossos alunos enxerguem a Física com outros olhos, que muito além do cálculo é possível quanto professor unir tecnologia e ensino dentro dos nossos planos de ação modificando a realidade do ensino aprendizagem.

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